quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

lugares

tenho certeza que não estamos aqui só pra vender michelada. isso é até um clichê. muitas "lojinhas" acabam virando bem mais que só comércio. e nem são só os bares. agora mesmo tou com uma saudade filha da puta da loja de um amigo meu que acabou. ele virou meu amigo por causa da loja e quando vejo ele na rua não me conformo dele não ta atrás de um balcão conversando sobre música e cinema com todo mundo que entrava lá. mas quem tem o direito de prender qualquer um atrás de um balcão? principalmente quando a pessoa foi parar lá antes de poder escolher porque era um negócio familiar...ele diz que esta feliz assim e eu acredito pq ele é meu amigo. mas enquanto ele não saia e acabava com tudo passei várias horas atrapalhando as vendas pendurado no balcão (como vários amigos queridos fazem comigo, pra minha sorte). nem eu nem ele agiamos como adultos responsaveis, mas os clientes que entendiam a importância daquela "vadiagem" nem ligavam. e eu não ia lá só pra ficar atrapalhando. até hoje sou orfão daquelas roupas e sinto falta do pacote todo. de comprar o que tinha lá, de ir lá e de ver aquela fachada quando passava pela galeria menescal. a profissão mais antiga do mundo é essa e várias vezes pode ser a mais fascinante. um balcão pode ser o lugar mais interessante pra se estar. por dentro e pendurado por fora também. com certeza aquele balcão pequenininho da bruzundanga era. pra onde será que vão as lojas quando elas morrem?..

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

aqui um link para o manifesto guerrilla open acess publicado no la parola online e aqui mais sobre aaron

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

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e como não pensar em futuro quando começa um ano nesses tempos em que o futuro parece nunca parar de chegar o tempo todo?

terça-feira, 6 de novembro de 2012

spanish songs...

então começamos quando essa revolução digital tava só começando pra aqueles que não eram nerds. quando foi natural passarmos das dezenas de cds espalhados pelo balcão pros arquivos comprimidos uma das consequencias que mais me impressionaram foi essa "cultura da playlist". das lombadas de cds, que podiam ser consultadas como as lombadas de livros fomos pros arquivos que podiam ser editados e montados só com o que queriamos. no início foi uma libertação. mas isso é um processo com indas e vindas. e as discussões não cabem num post... uma das conseqüências é que agora ando sentindo falta de ouvir discos inteiros. e se vamos falar de músicas que são tocadas uma boa conversa pode começar com os discos. e não com as faixas, as coletâneas, os hits, os playlists, as mixtapes, os artistas, os gêneros, e as épocas. discos e cds...como eu xinguei ter de carregar essas porcarias pesadas pra lá e pra cá....e que falta faz ouvir aquelas músicas sempre juntas e naquela ordem porque - a não ser que vc se desse ao trabalho de editar tudo num cassete - essa era a única maneira. a primeira lembrança entre todos os discos da minha vida, sei lá porque, é London Calling, do Clash

por que tanto barulho?

quando a gente começou era bem pequenininho. quatro mesas e muito pouca gente por aqui. não tinha muito o que fazer e tocar música pra gente mesmo e pros clientes foi... natural mas totalmente sem querer. fomos ficando felizes e isolados no lado de cá - o da voluntários. só a gente, a comida, a bebida, vocês e a música, que é a nossa única "decoração". e é o nosso ponto de contato mínimo com o público. se vocês quiserem sentar e levantar sem dar um pio ainda assim vamos ter "nos falado" a música começa, puxa o assunto. e vocês falam. pra além dos emails de trabalho, de algumas conversas sem graça, dos problemas e dos posts e memes que alguns repassam entre um gole e outro. vocês pensavam que nosso trabalho é só vender comida e bebida? as livrarias que sempre reuniram escritores eram muito mais que só vender livros. e os bares sempre foram assim. então...nunca vamos aparecer na pequenas empresas & grandes negócios, como empresa não somos extamente um exemplo. mas temos sim uma "missão". toda "lojinha" tem e que bom que até aqui vocês tão com a gente.