terça-feira, 6 de novembro de 2012
spanish songs...
então começamos quando essa revolução digital tava só começando pra aqueles que não eram nerds. quando foi natural passarmos das dezenas de cds espalhados pelo balcão pros arquivos comprimidos uma das consequencias que mais me impressionaram foi essa "cultura da playlist". das lombadas de cds, que podiam ser consultadas como as lombadas de livros fomos pros arquivos que podiam ser editados e montados só com o que queriamos.
no início foi uma libertação. mas isso é um processo com indas e vindas. e as discussões não cabem num post... uma das conseqüências é que agora ando sentindo falta de ouvir discos inteiros.
e se vamos falar de músicas que são tocadas uma boa conversa pode começar com os discos. e não com as faixas, as coletâneas, os hits, os playlists, as mixtapes, os artistas, os gêneros, e as épocas.
discos e cds...como eu xinguei ter de carregar essas porcarias pesadas pra lá e pra
cá....e que falta faz ouvir aquelas músicas sempre juntas e naquela ordem porque - a não ser que vc se desse ao trabalho de editar tudo num cassete - essa era a única maneira.
a primeira lembrança entre todos os discos da minha vida, sei lá porque, é London Calling, do Clash
por que tanto barulho?
quando a gente começou era bem pequenininho. quatro mesas e muito pouca gente por aqui. não tinha muito o que fazer e tocar música pra gente mesmo e pros clientes foi... natural mas totalmente sem querer.
fomos ficando felizes e isolados no lado de cá - o da voluntários. só a gente, a comida, a bebida, vocês e a música, que é a nossa única "decoração". e é o nosso ponto de contato mínimo com o público.
se vocês quiserem sentar e levantar sem dar um pio ainda assim vamos ter "nos falado" a música começa, puxa o assunto. e vocês falam. pra além dos emails de trabalho, de algumas conversas sem graça, dos problemas e dos posts e memes que alguns repassam entre um gole e outro. vocês pensavam que nosso trabalho é só vender comida e bebida?
as livrarias que sempre reuniram escritores eram muito mais que só vender livros. e os bares sempre foram assim. então...nunca vamos aparecer na pequenas empresas & grandes negócios, como empresa não somos extamente um exemplo. mas temos sim uma "missão". toda "lojinha" tem e que bom que até aqui vocês tão com a gente.
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
a minha rua
querendo ou não, essa é uma cidade que anda se repensando. que bom. quem sabe a gente pode esquecer os clichês sobre alguns lugares. copacabana, que nunca deixou de ser uma lugar mais que só interessante, continua sendo lembrada como um lugar caótico e um "bairro de passagem" ou "corredor-de-onibus". botafogo, também (além de lugar só de escolas e clinicas..). parece até que não se vê gente na voluntarios da patria..
bom...eu vejo gente o tempo todo. na verdade botafogo - como o centro e ipanema - é um bairro cosmopolita num rio de janeiro mais provinciano do que desejamos. e na minha rua
eu vejo pela grade da cobal gente que sai do trabalho, criança voltando da escola, uma ou outra pessoa flanando, alguns gringos perdidos e várias outras coisas legais de que eu nao lembro agora mas certamente colocam botafogo como o "segundo bairro" de vários cariocas.
na verdade botafogo passou muito mais tempo sendo um bairro aristocráticos e de "bacanas", como se pode ver pelas ex-embaixadas que sobraram junto com mansões como a da familia guinle ou casas como a de rui barbosa. ficou um tempo sendo lembrado por esse passado de glamour e talvez só tenha renascido com a estação de metrô.
hoje é um meio termo entre alguns bairros. menos underground do que copacabana, mais simples que ipanema e quase tão carioca quanto o centro. como é um bairro com muitos bares, alguns cinemas e umas boates deve provocar mais lembranças felizes do que tristes. é no que eu sempre penso. aposto que muita gente ja se divertiu nessa minha rua
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